quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ainda sobre a licença-maternidade

"No Canada os pais tem direito a um ano de licença maternidade. As primeiras 15 semanas sao a licença maternindade propriamente dita, ou seja só pode ser tirada pela mulher e as 35 semanas seguintes sao de “parental leave”, ou seja, pode ser tirada pela mae, pelo pai ou pelos dois juntos desde que a quantidade de tempo tirada nao seja maior do que 35 semanas. As 35 semanas de parental benefit podem ser usadas tambem por pais adotivos.

Isso nao influi tanto nas oportunidades de emprego da mulher pois quem paga a licença é o governo e nao o empregador. É como o seguro-desemprego. A vantagem de ser um programa do governo no estilo seguro-desemprego é que até pessoas autônomas tem direito a licença maternidade

O empregador pode contratar uma pessoa por tempo determinado para fazer o trabalho que a mae de licença fazia. A mulher pode passar um segundo ano de licença, mas sem vencimentos e a volta ao trabalho muitas vezes é suavizada através de uma volta gradual, ou seja, ela pode voltar trabalhando a tempo parcial (2 ou 3 dias por semana, ou algumas horas por dia) e com o tempo ir aumentando até voltar ao tempo integral. Conheci muitas mulheres que fizeram isso e muitos pais tirando licença para ficar com as crianças enquanto as mulheres voltavam ao trabalho.

Até estudantes universitários tem direito a pedir licença maternidade e terem sua trajetória na faculdade congelada, para poder voltar depois."

Postado por Alexandra em http://sindromedeestocolmo.com

Empresa de Joinville, Santa Catarina, mantém berçário gratuito

É sempre relevante e de grande interesse social a discussão sobre a polivalência da mulher, especialmente daquelas que têm filhos pequenos e precisam trabalhar fora. A mãe, muitas vezes, fica dividida entre cuidar bem do bebê, amamentando, e continuar a trabalhar. Em Joinville, as funcionárias da Whirlpool - Unidade de Eletrodomésticos não sofrem esse problema. Elas contam com a estrutura de um berçário gratuito dentro da sede da empresa, que tem 1.582 mulheres no quadro de funcionários. O berçário registra uma média de 35 crianças atendidas. As mães devem levar apenas fraldas, roupas e remédios (caso necessário) para seus filhos. Todos os demais custos, inclusive os de alimentação, correm por conta da Whirlpool.O berçário, primeiro do gênero em Joinville, existe desde 1994. No início, atendia crianças de até 9 meses de idade. Na época, eram 819 funcionárias na empresa e uma média de oito crianças atendidas. Desde 2004, as crianças podem ficar na creche até completar 1 ano. Até os 6 meses, a mãe pode amamentar três vezes ao dia. Dos 6 aos 7 meses, duas vezes ao dia, e até 1 ano, uma vez ao dia. Em Joinville, além da Unidade de Eletrodomésticos, apenas a Whirlpool Unidade de Compressores (Embraco) conta com berçário dentro da fábrica. O projeto rendeu, em 2002, à antiga Multibrás, o prêmio “Empresa Amiga da Amamentação”. Foi a primeira empresa de Santa Catarina a receber o prêmio.Deise Paulischen trabalha na Whirlpool há dois anos e deu à luz Yasmin há cinco meses. “Uma coisa é certa: se não houvesse o berçário, eu não estaria trabalhando”, acredita. Ela conta que se sente mais tranqüila, pois sabe que será avisada sobre qualquer problema e estará próxima para prestar alguma assistência. “Tenho uma filha mais velha e não pude estar com ela quando tinha a idade da Yasmin por causa do serviço. Percebo nitidamente que a saúde da Yasmin é muito melhor, devido ao fato de eu amamentá-la três vezes ao dia aqui na empresa”, considera.
Texto: Jouber Castro, em http://www.mercadodecomunicacao.com.br

Babê no trabalho - Parte 2 - Benefícios para as empresas

O Programa "Bebês no local de trabalho", desenvolvido pela organização internacional de mesmo nome permite que os pais levem seus bebês para o local de trabalho e cuidem deles enquanto trabalham. Geralmente até os bebês completarem 6 ou 8 meses ou estarem engatinhando. Esse programa teve muito sucesso onde foi bem estruturado.
Os benefícios para as empresas são os seguintes:
1. O funcionário retorna ao trabalho mais cedo;
2. Aumentam a lealdade e a retenção dos empregados na empresa (menor "turn over");
3. Melhora a moral e a atmosfera do ambiente de trabalho;
4. Aumenta sobremaneira a produtividade;
5. Diminui as despesas com a saúde dos funcionários;
6. O programa atrai candidatos a trabalhar na empresa;
7. Melhora o trabalho em equipe e a cooperação;
8. Atrai novos clientes;
9. Aumenta a fidelidade dos clientes;
10. Baixo custo de implementação.

Fonte: Babies at Workplace Institute

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Bebê no trabalho. Essa é nova! Mas pode dar certo...

Ouviu-se muito falar do Projeto de Lei que aumentou a licença-maternidade, para dar mais tempo para a mamãe ficar com o seu bebê. Mas, e quando a licença acabar e ela tiver que voltar ao trabalho? Quem vai cuidar do bebê enquanto a mamãe estiver longe? Uma babá? Uma creche? No Brasil, algumas empresas oferecem creche no local de trabalho. Pois indo um pouco mais além, algumas empresas americanas, procurando uma saída para o problema, encontraram uma solução no mínimo original: levar o bebê para o trabalho!

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Quem está incentivando as empresas a deixar as mamães levarem seus filhos para o trabalho e orientando essas empresas na implantação da novidade é uma organização chamada "Babies in the workplace" (Bebês no Local de Trabalho, em português).

Eles acreditam que a presença do bebezinho, além de acalmar a mãe, incentiva também os colegas de trabalho. “Eu acho que dá uma harmonia maior ainda para o trabalho”, defende Lu Mounnic, chefe de escritório.

Porém, muita gente acha que isso não dá certo. “Eu sou a favor de que o bebê pequeno esteja em lugar calmo. Muita luz, telefone, gente falando, rindo, muitos vírus, bactérias no ar, é muito complicado para o bebê”, diz Betina Serson, psicopedagoga. Ok, mas e se o lugar for calmo, arejado e agradável?

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BRASILEIRAS APROVEITAM A LICENÇA?

Na pesquisa quantitativa feita para o livro Vida de Equilibrista, dores e delícias da mãe que trabalha, a adesão à licença-maternidade, se não unânime, é bastante alta.

75% das mães tiveram um período de licença ou algum tipo de parada após o nascimento.

Tiraram licença-maternidade:

82% das assalariadas
70% das autônomas
58% das empresárias

A parada foi de, em média, 4 meses – o que corresponde ao período oficial de licença maternidade.

A advogada, escritora e feminista Rosiska Darcy de Oliveira considera absurdo alguém abrir mão ou encurtar sua licença em razão do trabalho. “A licença-maternidade foi uma das maiores conquistas das mulheres e abdicar dela é uma violência contra si mesma. Afinal, se alguém decide ter filhos, há de ser para criá-los.” Publicado em Vida Equilibrada

Vários países concedem licença-maternidade mais longa do que o Brasil

Segundo dados da Convenção da Proteção da Maternidade, adotada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em junho de 2000, vários paises já concedem licença-maternidade superior a quatro meses (16 semanas), podendo, em alguns casos, chegar a até um ano. Na Noruega, na Dinamarca, na Venezuela e em Cuba,a licença é de 18 semanas. Já no Canadá, na França e na Polônia, esse período é variável. Na Itália, a licença é de cinco meses e, em três outros países que adotam períodos superiores aos do Brasil, esse benefício é contado em dias: Rússia (140 dias), Ucrânia (126 dias) e Suécia (480 dias).

A Suécia é um caso à parte, pois, a partir de 1974, tornou-se o primeiro país do mundo a transformar a licença-maternidade em um benefício remunerado para ambos os pais, com o objetivo de estimular os homens a assumirem um papel mais ativo na criação dos filhos e propiciar ainda uma divisão mais igualitária das tarefas domésticas. Segundo a legislação sueca, até o terceiro mês a licença é para o pai e para a mãe e, a partir dessa data, o casaltem que optar sobre qual dos dois continuará de licença, mesmo que a mãe ainda esteja amamentando. Esse período pode ser ainda alternado, para que tanto pai quanto mãe possam se revezar na licença-maternidade.

Já entre os países europeus que concedem licença-maternidade por período inferior ao Brasil estão Alemanha (14 semanas), Bélgica (15 semanas), Israel (12 semanas) República de Malta (13 semanas), Portugal (98 dias), Romênia (112 dias) e Suíça (8 semanas). Na Inglaterra (14 a 18 semanas) e na Polônia (16 a 18 semanas), o período é variável.

Nos países que compõem as Américas, a concessão da licença-maternidade também é bastante variável. Entre os que ultrapassam as 16 semanas (120 dias) concedidas no Brasil estão: Canadá (17 a 18 semanas), Chile, Cuba e Venezuela, todos com 18 semanas. Nos demais países do continente americano, esse período pode variar de oito semanas - caso da Bolívia - a 14 semanas - situação do Panamá. Mas a maioria segue o sistema adotado nos Estados Unidos, que concede 12 semanas. Entre eles, estão Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.

Os países do continente africano estão entre os que menos respeitam o direito das mães de ficar mais tempo com seus filhos. Em Angola e na Etiópia, a licença-maternidade é de 90 dias, mas em Guiné Bissau, Quênia, São Tomé e Príncipe, Sudão e Moçambique, esse período é de apenas 60 dias. Mais crítica ainda é a situação do Egito (50 dias) e da Tunísia ( 30 dias).

Com relação à remuneração durante o período de licença-maternidade, a maioria dos países, assim como o Brasil, não reduz o salário durante a concessão do benefício, mas isso não é regra.

Valéria Castanho / Agência Senado

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Trabalho x Maternidade

O que tenho lido por aí...

"Atualmente, a mulher está totalmente inserida no mercado de trabalho e o papel de profissional também passou a estar integrado à sua identidade feminina. Com tantas tarefas, ela passou a adiar o sonho de ser mãe, priorizando sua formação e estabilidade profissional e financeira, a fim de proporcionar maior conforto para os filhos e a vida familiar.

Porém, a questão da maternidade não deve ser pensada como um empecilho para o sucesso da carreira profissional. "Quem acha que uma boa mãe é aquela que acompanha o filho a todo momento, e acredita que ser uma boa profissional significa estar sempre à disposição, precisa saber que as os tempos mudaram. O ideal de vida feminina deve ser estabelecido de acordo com as condições dadas pela realidade", aconselha a psicóloga Luciana Leis, especializada no tratamento de casais com problemas de fertilidade." (Mãe só depois dos 35)

Pois bem. E o que o mercado oferece a esta mulher, profissional bem sucedida para que possa ser uma mãe igualmente bem sucedida?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Voltando ao trabalho

Não me parece muito justo que, exatamente no momento em que vai se tornando mais divertido ser mãe, tenhamos que nos tornar "mães de meio-turno"!
Quando os nossos bebês começam a interagir, sorrir pra tudo e todos, descobrir a graça das coisas aparentemente mais sem-graça, descobrir o mundo, partilhar suas descobertas...
Quero ser mãe em tempo integral! Mas também quero continuar sendo profissional!
Mas não quero ser daquelas que não conhece seu filho, que perdeu os melhores momentos e os piores também! Que não ensinou ou presenciou as primeiras palavras, os primeiros passos, o primeiro dentinho...
Como conciliar coisas aparentemente tão distintas?
Começa aqui a minha história, minha busca, a minha resposta.
A partir de agora.