quarta-feira, 15 de abril de 2015

Licenças maternidade e paternidade ampliadas: O que vocês acham?



Quando um bebezinho nasce a maioria das empresas concede para a funcionária uma licença-maternidade de 120 dias. Quatro meses em que ela tem que aprender a amamentar, trocar fraldas, ficar sem dormir (ser mãe, enfim) e, no meio disso tudo, fazer a rotina voltar ao "normal", encaixar o trabalho no meio da nova vida e entender que vai ser preciso se separar do bebê algumas horas do dia (como é que faz, hein?). Para os pais, desde 1988 a licença, que até então era de 1 dia, passou a ser de cinco. Um avanço, mas ainda pouco também, na minha opinião, para um pai que pretende ajudar sua esposa na chegada do novo membro da família. Por tudo isso, vibrei quando li que uma proposta de emenda à Constituição pretende estender de 120 para 180 dias licença-maternidade e de 5 para 30 dias a licença-paternidade.

Já pensou que beleza uma mãe poder ficar dois meses a mais com seu bebê antes de voltar a labuta? Até porque, cá entre nós, não faz o menor sentido o Ministério da Saúde incentivar o aleitamento materno exclusivo até seis meses se a mulher tem que trabalhar quando completam 4 meses que ela deu a luz! Enfrentei o drama da licença minúscula quando minhas duas filhas nasceram . No caso da Maitê foi revoltante. Voltei a apresentar (por livre e espontânea pressão) um jornal as 7 horas da manhã (o que significa que eu acordava as 3h30) no dia em que ela completou quarenta dias! Minha vida se resumia a tirar leite (para ela mamar quando eu saía) e amamentar quando não estava trabalhando. Foi cruel, estrelante! Mesmo assim ela mamou até quase um aninho. Se eu estivesse tranquila talvez ela tivesse demorado mais para largar o peito e eu tivesse curtido mais essa fase tão trabalhosa, mas tão gostosa ao mesmo tempo.
Com relação a licença-paternidade, minha experiência é justamente contrária. Meu marido conseguiu se afastar do trabalho no primeiro mês e conseguiu me dar toda assessoria e carinho necessários nesse momento. Era ele quem ficava com ela até eu achar alguém de confiança. Era ele quem revezava comigo nas madrugadas. Sem ele tudo teria sido mais difícil ainda do que foi.

Diante disso tudo, torço pra que nossos governantes se sensibilizem e aprovem essa proposta. Tenho certeza que os pais, mães e brasileirinhos também agradecem!

Por Patrícia Maldonado | Mãe de Salto Alto – seg, 13 de abr de 2015 16:21 BRT

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