quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Como o paladar infantil se desenvolve?

Ok, acabou a licença-maternidade e, pra mãe que trabalha, não tem outro jeito: o baby vai ter que ir pra creche ou ficar sob os cuidados de uma babá!

Além de todas essas mudanças de rotina, mais uma novidade vem chegando. Passado o período de amamentação exclusiva, começa a fase de introdução dos alimentos sólidos. E com ela, uma série de dúvidas vem à tona. Uma das principais diz respeito ao desenvolvimento do paladar infantil.

Assim como as digitais, o paladar de cada bebê é único. Apesar de todas as crianças saudáveis nascerem com a capacidade de distinguir os quatro sabores inatos (doce, salgado, amargo e ácido), nenhuma sente gosto e cheiro igual a outra. Nem irmãos gêmeos. Cada uma tem suas preferências, que podem estar associadas ao grau de sensibilidade que cada bebê tem dos sabores. Uns podem gostar mais do sabor salgado. Outros, mais do ácido. Mas todos, em geral, nascem sensibilizados para o doce. Isso não acontece por acaso. É para a própria sobrevivência do bebê. O sabor do leite materno e dos leites de fórmulas é o doce.

Mesmo sendo tão particular, o paladar é um sentido a ser estimulado. Ao nascer, o bebê sente apenas os quatro sabores inatos, mas não as nuances dos alimentos. A única maneira de estimular o paladar é oferecendo uma alimentação variada e colorida, algo que ocorre a partir dos seis meses. A jornada de sensibilização do paladar é longa e passa por fases estranhas.

Quando a criança está com dois ou três anos de idade, por exemplo, começam a surgir as preferências e as rejeições alimentares. Esse comportamento infantil, porém, não indica a maturidade do paladar. É a dura fase da seletividade alimentar, que costuma desaparecer por volta dos sete ou oito anos. Pesquisas indicam que as papilas gustativas infantis estão sensibilizadas lá pelos dez anos de idade. Mas novas mudanças ocorrem. Estudos mostram que, na infância, sabores como o do chocolate e do morango são mais aceitos. Na adolescência, começa-se a gostar daqueles antes execrados, como brócolis ou aspargo, ou seja, os amargos. Na velhice, o sabor da baunilha é mais aceito.

Até o período das primeiras rejeições, aos dois anos de idade, o papel da família é fundamental para a formação do paladar infantil (e depois dessa fase também porque a criança pequena não sabe naturalmente o que é bom para ela). São os adultos que apresentam os novos sabores, as novas texturas, os aromas diferenciados de cada alimento. Quanto mais variado for o cardápio, maiores as chances de a criança ampliar o repertório do seu paladar. Mesmo que cada bebê nasça com certa disposição para gostar de um alimento e rejeitar outro, ele só irá descobrir do que gosta e do que detesta, provando – talvez tenha de provar até dez vezes a mesma comidinha para dizer que ama ou para travar os lábios.

Oferecer refeições com sabores diferenciados é fundamental para a criança descobrir, inclusive, o prazer na alimentação. Você já comeu uma refeição sem prazer? A experiência deve ter sido ruim. Se a comida não for gostosa, nem bebê vai saboreá-la.
Ainda que a necessidade de um cardápio diário variado seja fundamental para o desenvolvimento do paladar e para a saúde infantil, os alimentos precisam ser apresentados aos poucos. Introduzir num mesmo dia vários alimentos de sabor amargo é um risco. Mesclar os tipos de sabores é uma estratégia para ganhar admiradores de alimentos.

O fundamental é não exigir que o bebê coma além do que cabe no estômago dele. Estudo publicado no Jornal da Pediatria, no ano 2000, mostra que os pais ficam mais preocupados com o prato vazio do que com a qualidade e a variedade das refeições que oferecem aos pequenos.

in: http://colunas.crescer.globo.com/nestle/

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mamãe vai ao cinema

Projeto de ONG promove reintegração e lazer após o parto levando mãe e bebê para sessão especial

Passar na entrada de uma sala de cinema e ver mães e pais carregando bebês a tira-colo causa algum espanto, porém esse é o resultado de uma iniciativa de sucesso. Culturalmente, sempre ouvimos que bebês recém-nascidos devem ficar em casa, trancadinhos junto com as mães, até o fim das vacinas, ou o final da licença maternidade. O isolamento visa proteger os bebês do mundo externo; muitas vezes, porém, acaba por prejudicar as mães que, ao longo dos meses, perdem o convívio social e oportunidades de lazer e integração, podendo causar tristeza, ansiedade e até mesmo agravar quadros de depressão pós-parto.

Foi a partir de sentimentos como estes que mães começaram a discutir em uma rede social na internet, em 2008, a possibilidade de promoverem lazer sem deixar a companhia de seus bebês. Irene Nagashima, cinéfila e idealizadora da ONG CineMaterna, por uma necessidade pessoal sugeriu que “invadissem” uma sala de cinema em São Paulo durante a semana. Lutar contra o isolamento social e voltar a ir ao cinema, depois de meses, foi principal mote.

“Já fazia cinco meses que não ia ao cinema. Eu sou cinéfila, pra mim era a morte ficar presa em casa, não poder fazer o que gosto”. A iniciativa deu certo. As mães continuaram a se reunir semanalmente para assistir aos filmes e tomar um café logo em seguida à sessão. Segundo Irene, no primeiro encontro o papo na cafeteria durou quatro horas. O grupo cresceu, tomou forma, virou uma ONG. Seis meses depois já estavam na agenda cultural da cidade de São Paulo.

A CineMaterna (http://www.cinematerna.org.br) já está presente em quatro estados do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia). Conquistou, desde o seu surgimento, espaço privilegiado nos cinemas. A ONG promove encontros semanais em diferentes cinemas, sempre nas primeiras sessões das salas. As luzes são mais amenas, o som mais baixo. São disponibilizados trocadores, fraldas, lenços umedecidos, tapetes para as crianças engatinharem e, em breve, brinquedos.

Segundo Irene, nos primeiros meses de vida do bebê, a atenção de toda a família se concentra na criança, e a mãe acaba por ficar de escanteio com suas dúvidas e inseguranças peculiares a esta nova fase de sua vida, podendo, inclusive, prejudicar seu elo com o filho. “Nossa maior preocupação é o vínculo da mãe com o bebê. A reintegração social e cultural traz ganhos aos dois, mas o maior ganho é o convívio familiar. A mãe estando feliz, satisfeita, desenvolve uma relação mais saudável com o bebê”, avalia.


Como funciona


As mães interessadas em participar da iniciativa podem proceder de duas formas. A principal é ir às sessões para conhecer outras mães e trocar experiências, dúvidas e, claro, assistir ao filme. Além disso, podem se cadastrar no site da ONG para receber semanalmente a enquete que deve escolher o filme da semana seguinte.

As cadastradas recebem por email três opções para votação. O filme mais votado é o escolhido para a sessão. Como o foco é a mãe, 98% dos filmes exibidos são para público adulto. A exceção ocorre nas férias escolares, pois a exibição de filmes infantis promove o convívio da mãe e bebê com os filhos mais velhos.

Reintegração e bem-estar

Segundo o Dr. Joel Rennó Jr, Diretor do Programa Saúde Mental da Mulher (ProMulher) da Faculdade de Medicina da USP, transtornos de ansiedade e depressivos do pós-parto costumam ocorrer entre 10% e 20% das mulheres e podem ser desencadeados por diferentes causas. Há o fator hormonal, devido à queda abrupta de hormônios femininos, e também os de ordem psicossociais.

Os psicossociais podem estar atrelados a um baixo nível socioeconômico, a um histórico familiar ou pessoal de depressão ou violência, uso de álcool e drogas, ou até mesmo ao não planejamento da gravidez em questão. Além disso, muitas mulheres queixam-se de não se sentirem capazes de cuidar de seus filhos; outras de se sentirem culpadas por eventuais erros, muitas vezes normais nos primeiros cuidados com o recém-nascido. Conforme o especialista, estes fatores precisam ser desmitificados o quanto antes, a fim de garantir o bem-estar da mãe e do bebê.

O psiquiatra, também membro-fundador da International Association for Women's Mental Health (Associação Internacional para a Saúde Mental das Mulheres), afirma que na maioria das vezes o cuidado pode ser construtivo na relação e construção do vínculo entre mãe e filho. “A amamentação deve ser também orientada e incentivada, de forma a não gerar um estresse através de uma obrigatoriedade generalizada, mesmo quando a mulher tem muita dor e falta de leite, por exemplo”, destaca.

Para assegurar a tranqüilidade mental e a reintegração das mães, Rennó ressalta que suportes psicológico e afetivo são fundamentais. “Familiares próximos devem ajudar nos contatos iniciais da mãe com o bebê, colaborar na prática das atividades diárias a fim de diminuir o grau de estresse para a mamãe”, pondera. Dessa forma, o CineMaterna vem também com recomendação psiquiátrica. “Toda ação de reintegração social da mãe junto ao bebê costuma ser benéfica, sendo mais um dos fatores que minimizam o risco do impacto do estresse no possível desencadeamento de transtornos mentais”, avalia.

Amanda Voltolini in http://guiadobebe.uol.com.br/

Vida profissional: ser mãe e trabalhar em casa

Trabalhar em casa enquanto se cria filhos é um privilégio, mas requer bom planejamento e organização para render. Veja a seguir algumas considerações e sugestões sobre esse tipo de rotina.

Como encontrar tempo para trabalhar


Ter filhos pequenos é trabalho por si só, imagine então encontrar tempo para trabalhar profissionalmente enquanto toma conta deles. Haja fôlego!

• Procure uma ocupação que se adeque aos horários em que está livre, como quando seu companheiro está em casa para cuidar das crianças ou quando o bebê está no berçário ou escolinha.

• Como funciona seu relógio biológico? Se você é daquelas pessoas que ficam mais alertas do que nunca à noite, tente encontrar algo para fazer depois que seus filhos já estiverem dormindo.

• Mesmo que tenha tido empregos superestressantes antes de ter filhos, considere agora uma atividade menos intensa para que prazos e cobranças não a deixem nervosa demais.

• Não se imponha uma rotina rígida de trabalho, especialmente se estiver grávida ou planejando continuar a trabalhar em casa depois que o bebê nascer. Cada criança é de um jeito e não há garantia nenhuma de que seu filho vá querer dormir três horas durante a manhã, bem no horário que você destinou para trabalhar.

• Não fique trabalhando a cada minuto que tiver livre em casa. É importante se permitir pausas para descansar e se distrair.

• Difícil imaginar como vai sobrar tempo para fazer mais alguma coisa durante o dia? Faça por uns dias um pequeno diário de sua rotina. Será que não dá mesmo para cortar um pouco o tempo da TV, internet, telefone com as amigas ou email?

• De vez em quando, vale a pena dar um gás no trabalho para ficar com aquela sensação de "dever cumprido". Vá até um cybercafé ou leve um laptop para um lugar gostoso e trabalhe sem ser interrompida por várias horas.

Equipe de apoio


Trabalhar em casa não é nada fácil e exige toda a ajuda que você puder obter de seu companheiro, familiares e amigos.

• É bem mais fácil para qualquer pessoa ajudar se você fizer um pedido específico como "Você pode pegar o bebê no berçário hoje à tarde?", em vez de dizer coisas vagas como "Seria bom se um dia desses você pegasse o bebê no berçário".

• Retribua favores e se prontifique para ajudar os outros quando puder.

• Nunca se esqueça de agradecer, especialmente a familiares e amigos, por tudo o que fizerem. Expresse o quanto a ajuda é bem-vinda.

• Se o dinheiro que ganhar com o trabalho possibilitar, considere contratar alguém para ajudá-la com as tarefas domésticas, mesmo que só alguns dias por semana. Esqueça aquela história de supermulher que dá conta de tudo sozinha, porque isso só leva a estresse e menos ânimo para curtir sua família. O mesmo vale para a possibilidade de colocar o bebê por meio período numa escolinha ou creche.

Com quem os filhos ficam?


Na maioria dos casos, mães que trabalham em casa acabam precisando de ajuda para cuidar dos filhos, seja em um berçário ou com uma babá, em especial se houver mais de uma criança em casa e à medida que o bebê cresce e fica mais ativo.

• Considere a possibilidade que melhor se adapta ao seu orçamento e estilo de vida, para que possa ter algum tipo de rotina para se concentrar no trabalho sabendo que seu filho está sendo bem cuidado.

• Se optar por uma babá, lembre-se de que haverá distrações quase que o tempo inteiro. Analise bem se você é o tipo de pessoa que consegue ignorar o barulho e o corre-corre a seu redor.

• Não se prenda a uma única opção para sempre. As crianças mudam rapidamente, e algo que não parecia bom para quando o bebê era pequeno pode se tornar adequado à medida que ele crescer.

Em busca do equilíbrio


É sempre bom tentar se organizar para que as tarefas domésticas ou com comida não tomem todo o seu tempo.

• Tente limitar a limpeza da casa a tarefas específicas a cada dia, e lembre-se que certas coisas são fundamentais e outras podem esperar.

• Contrate uma diarista ou alguém permanentemente para aliviar a carga do seu dia-a-dia.

• Procure deixar a casa relativamente arrumada (sem brinquedos espalhados pela sala, por exemplo) todos os dias, assim você se livra daquela sensação de morar na maior bagunça sem necessariamente ter que partir para uma limpeza pesada.

• Distribua tarefas para os membros da família, mesmo as crianças menores.

• Planeja as refeições com antecedência (algumas mulheres fazem uma lista do que comer em cada dia da semana ou até do mês), use seu freezer com inteligência e, quando cozinhar, já faça maior quantidade para que dê para dois dias.

Montando seu escritório


É difícil trabalhar bem sem ter um espaço próprio, mesmo que pequeno, para isso.

• Se você não conta com nenhum ambiente específico, olhe em volta da sua casa para descobrir como pode adaptar algum espaço já existente.

• Invista no básico: uma cadeira confortável, boa iluminação, uma mesa ou escrivaninha, gavetas para organizar seus papéis, estantes ou armários para armazenar material, acesso a um telefone e, dependendo do tipo de trabalho, um computador com conexão de internet.

• O ideal é ter um lugar onde não precise tirar e pôr suas coisas diariamente.

Como lidar com interrupções


• Leve seu trabalho a sério, e os outros farão o mesmo. Por mais difícil que seja, diga não se amigas ou parentes constantemente solicitarem sua presença ou convidarem para programinhas sociais.

• Seja realista a respeito das horas que pretende trabalhar, mas estabeleça objetivos semanais para que consiga medir sua produtividade. Se um dia acabar não trabalhando quase nada por conta de um filho doente, procure compensar no outro com uma esticada a mais durante a noite.

• A vantagem do trabalho em casa é justamente a flexibilidade, por isso, se um dia da semana não rendeu muito por conta das interrupções, não se culpe e procure reorganizar os outros para terminar seus projetos. Peça ajuda do seu companheiro para conseguir cumprir prazos, da mesma forma que ele faz no trabalho "tradicional".

Dê sua dica!


Você trabalha em casa? Conte suas experiências e ajude quem está pensando em adotar essa solução. Basta escrever no espaço para comentários!

in: http://brasil.babycenter.com/

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Criando uma criança bem comportada

Tentar disciplinar um bebé poderá por vezes parecer fútil – é demasiado pequeno para entender as suas “lições”.

No entanto, existem algumas dicas para aumentar a probabilidade de vir a tornar-se uma criança bem comportada:

REALCE O POSITIVO. Não espere que faça algo errado, em vez disso, reconheça o seu bom comportamento. As ações disciplinares que tomará mais tarde serão mais eficazes se o bebé as puder comparar com a boa reação que demonstra quando se comporta de forma correta.

PRATIQUE UMA DISCIPLINA SIMPLES. Se pensa que deve disciplinar o seu bebé – por exemplo, se estiver em questão a segurança — tente manter uma reação o mais natural possível. Dizer “não” calmamente mas com firmeza e desviar a sua atenção para outra coisa funciona melhor. Tente não desanimar se o bebé repetir o mau comportamento. A sua persistência acabará por dar frutos.

DEMONSTRE O SEU AMOR. Para um bebé, obter o que quer significa que é amado. Quando não consegue, é importante assegurar-lhe que continua a apoiá-lo e a amá-lo reagindo à sua angústia de forma afetuosa e compreensiva. Evite castigos, pois o bebé ainda é demasiado novo para os entender.

Publicado em: http://familia.sapo.pt
Conteúdos da responsabilidade de Johnson & Johnson. As informações contidas nestes conteúdos são para conhecimento geral e não pretendem susbstituir a consulta de um profissional de saúde.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Filhos terceirizados

Por Varuna Viotti Victoria

"O que é mais importante no relacionamento pais e filhos: quantidade ou qualidade de tempo?

Pesquisas indicam que esta relação está totalmente deficitária tanto na quantidade quanto na qualidade.

Com a entrada cada vez maior da mulher no mercado de trabalho e também com um mercado bastante competitivo, tanto pais quanto mães passam hoje um tempo totalmente inadequado com seus filhos tanto na quantidade quanto na qualidade.

Este processo social e cultural dos nossos tempos parece ser irreversível mas especialistas em educação de crianças levantam um sério questionamento das conseqüências desta ausência cada vez maior dos pais na vida dos filhos. Alguns estudos indicam que em alguns países este contato se restringe a seis minutos por dia.

Com uma quantidade desta de tempo não se pode pretender qualquer tipo de qualidade também.

Em países bastante desenvolvidos a licença maternidade dura até 3 anos e isto indica o quanto os governantes deste países se preocupam com a qualidade de educação de suas populações.

No primeiro ano de vida de uma criança, a presença da mãe é essencial.Até próximo de dois anos a criança se considera praticamente como uma continuidade dos pais e, especialmente da mãe. Não tem ainda uma noção clara de sua individualidade e, é exatamente nesta faixa etária que os cuidados dos pais e os vínculos criados com a mãe são essenciais. Toda criança deveria ter o direito de ter a mãe por um ano dedicada a ela. Todo o seu desenvolvimento nesta fase depende totalmente dos cuidados de um adulto e, vínculos afetivos são essenciais para um pleno desenvolvimento infantil.

O que acontece hoje, é que estes vínculos estão sendo cada vez mais terceirizados.

Como tem que voltar a trabalhar após 4 meses de licença o vínculo que a criança está criando com a mãe passa aos 4 meses para outra pessoa(avó, babá, creche). Nem sempre dá certo uma determinada babá ou creche e assim, este bebê muitas vezes passa por vários adultos diferentes o que dificulta a criação de vínculos emocionais tão importantes para o seu desenvolvimento emocional e afetivo.

È claro que a realização da mulher como profissional é importante e necessária para que ela esteja feliz e possa ter uma boa relação familiar mas, uma mulher que trabalha o dia inteiro dificilmente terá a disponibilidade necessária ao fim do dia para ter uma boa qualidade de tempo para seus filhos.

O ideal é que a mulher enquanto mãe de crianças pequenas trabalhe apenas meio período, o que muitas vezes é impossível por causa do salário necessário para o orçamento familiar.

Resta então algumas alternativas que minimizem um pouco este problema que afeta diretamente a educação e a qualidade de vida de nossas crianças.

A primeira delas é a negociação das mulheres no trabalho para ficarem pelo menos 6 meses de licença maternidade o que a lei hoje permite através da negociação entre mulheres e empresas.

A segunda alternativa, se o orçamento familiar permitir é que a mulher negocie também com a empresa a possibilidade de trabalhar meio período mesmo que isto implique uma redução de salário se a estrutura familiar permitir.

A terceira maneira de diminuir a ausência dos pais na educação dos filhos é a presença e a participação maior do pai nas tarefas domésticas e nos cuidados com os filhos. Dividir responsabilidades melhora a qualidade do relacionamento de ambos com seus filhos.

Os pais precisam também montar um esquema de rotina diária que permita o máximo possível de contato com os filhos; se for possível voltar para almoçar e levá-los à escola por exemplo. Quando chegarem em casa, antes de realizar qualquer tarefa devem dar atenção aos filhos mesmo que seja para sentar e brincar por meia hora antes de tomar banho ou arrumar o jantar.

Quando a criança sente esta disponibilidade nos pais logo ao chegarem em casa ela aceita muito mais fácil limites e regras colocados por eles.
Finalmente, os pais devem entender que compras e consumismo podem aplacar suas culpas mas não substituem carinho, afeto, diálogo e brincadeiras com os filhos.

Se o tempo é curto, é preciso que os pais entendam que necessitam criar o máximo de qualidade possível neste tempo de relação com os filhos.

Caso não tenham esta disponibilidade é melhor pensarem bem antes de terem filhos porque algumas pessoas realmente não têm esta vontade tão forte dentro de si e apenas os têm para cumprir um papel social.

Filhos não são bonecos que podemos comandar como quisermos e exatamente por isso temos que querê-los de fato em nossas vidas. Enchê-los de atividades para ocupar o seu tempo além de estressar a criança faz com que ela sinta que os pais não têm de fato vontade de estar com ela . Vínculos entre pais e filhos devem ser criados nos primeiros anos de vida para que , futuramente, na adolescência e juventude eles realmente reconheçam nos pais pessoas que devem lhes colocar regras e limites porque sempre lhes deram amor ."

in: http://www.indicapira.com.br/padrao.aspx?texto.aspx?idcontent=3894&idContentSection=1948

quinta-feira, 18 de junho de 2009

“Não quero ir pra escola, mãe!”

Publicado na Gazeta de Limeira

"Essa semana foi a primeira vez que Jonathan, 5, foi com a mãe para escola. Ela foi fazer a matrícula dele e, mesmo sem saber como é o ambiente escolar...choro, cara feia e “perna para quem tem”. Ele parecia estar assustado e a mãe, Cláudia Leite de Barros, tentou acalmá-lo.
Se qualquer pessoa passar por perto de uma escolinha infantil logo nos primeiros dias de aula, poderá ver várias cenas parecidas. É difícil, claro. A criança está começando a ir para o mundo e isso assusta mesmo. Não só ele, como os próprios pais. Estréia sempre é cercada de expectativas e tensão.
Só que também tem aquela velha história: a mãe gruda e o pai é quem separa, leva para o mundo. Costuma ser mais complicado para a mãe deixar o filho ir. Acontece que, sentindo que não quer desgrudar, a criança fica insegura.
Se a situação fica complicada, uma alternativa é pedir a ajuda do pai. A sugestão é da psicopedagoga Raquel Curi Pereira. De acordo com ela, deixar que o pai leve a criança à escola costuma funcionar e tem muita família que é prova disso, embora o ideal seja a presença dos dois.
Mãe se preocupa sempre, faz parte da descrição do cargo. “Será que ele vai se dar bem com a professora? E com as outras crianças? E se ele não quiser comer porque eu não vou estar lá?” Os pais, embora também se importem, não costumam demonstrar tanto o nervosismo e contornam a situação mais rápido. Afinal, ir para a escola faz parte da vida – e dessa parte eles entendem. “Ficar sozinho na escola é o primeiro desafio de uma pessoa no mundo. Se a criança conseguir lidar bem com isso, é muito provável que também vai lidar bem com as outras separações que virão”.

ADAPTAÇÃO

O período de adaptação é extremamente importante para as crianças e também para os pais. Conforme Raquel, a maioria das escolas aplica esse método para facilitar a inserção das crianças.
Se o drama persistir, a sugestão da especialista é perguntar ao filho por que ele não gosta da escola, o que há de errado nela e deixar que ele se expresse. Pode ser que o problema seja da escola e não da criança. “Uma escola pode ser ótima, mas pode não ser a mais adequada para seu filho”. O colégio é um ambiente diferente de casa, claro, mas não deve ser tão diferente a ponto de o seu filho se sentir um peixe fora d’água.
De acordo com ela, é importante incentivar dizendo: “Lá você vai encontrar bastante amiguinhos. Vai aprender bastante coisa diferente”. No retorno da escola, também é importante perguntar: “Como foi o seu dia hoje? O que aprendeu? Quem você conheceu de especial hoje?”. E, com as respostas, pode ser iniciado um diálogo que transmitirá, gradativamente, segurança.
Para a psicopedagoga, a intensidade dessa situação vai depender do convívio familiar. “Nem pensar em falar para o filho fechar a boca e muito menos perder a paciência. Tem gente que não imagina o medo e a insegurança que as crianças sentem. Às vezes chega ser estarrecedor para elas. Portanto, cuidado! Qualquer negatividade, agressão verbal ou descaso, pode gerar conseqüências muito sérias”.
Raquel ainda disse que os professores estão preparados para situações como essa - ou pelo menos deveriam. Crianças são diferentes umas das outras. Algumas encaram bem, mas outras não e necessitam de ajuda. (RR)


A birra dos “filhos terceirizados”

Muitas crianças têm sido cuidadas por terceiros - babá, funcionários da creche, avós. Não é regra, mas isso pode aumentar os ataques de birra, já que essas figuras muitas vezes não exercem autoridade sobre o filho “dos outros”. “A criança fica com a vovó, que é mais condescendente, ou a babá, que é profissional e não dá limites. E assim os valores são muito relativizados. De repente, a mãe impõe limites, começa um impasse e aí vem a birra”, explica o pediatra José Martins Filho, professor e pesquisador do Centro de Investigação em Pediatria da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autor do livro “A Criança Terceirizada” (ed. Papirus). No mês passado ele deu uma entrevista exclusiva para o Em Família justamente sobre o tema do livro. Para ele, os pais devem procurar compensar a ausência sempre que possível e passar o tempo que puderem com a criança, para que não se percam as referências. “Se não, criam-se mais vínculos com o profissional, que muitas vezes não tem a mesma bagagem cultural e social nem a mesma forma de pensar a vida que o resto da família”. Também é preciso delegar autoridade a quem cuida do filho. “Os cuidadores precisam ter um preparo suficiente para lidar com a situação, devem ter autoridade e ser obedecidos”. (RR)

Como ajudar seu filho
a superar a fobia escolar

1. Insista para que ele retorne à escola

A melhor terapia para a fobia escolar é ir diariamente à escola. Os temores são superados quando são enfrentados o mais rápido possível. A freqüência diária à escola fará com que quase todos os sintomas físicos de seu filho melhorem como num passe de mágica. Você deverá fazer com que a ida à escola seja uma regra rigorosa, sem exceções. Seja otimista com seu filho e garanta que se sinta melhor quando chegar à escola.

2. Seja firme nas manhãs dos dias de aula

A princípio, as manhãs podem ser difíceis. Nunca pergunte a seu filho como está se sentindo porque isto estimulará as queixas. Se a criança está suficientemente bem para levantar-se e andar de um lado para outro dentro de casa, está suficientemente bem para poder ir à aula.

3. Não o deixe faltar por ‘parecer” estar doente

Se seu filho tem um sintoma novo ou parece estar muito doente, é melhor que ele fique em casa. Se tiver dúvidas, seu médico poderá determinar a causa da doença do seu filho. As crianças com dor de garganta leve, tosse moderada, secreção nasal ou outros sintomas de resfriado, mas sem febre, podem ser enviados à escola. As crianças não devem permanecer em casa por “parecerem doentes”, “estarem com uma cor estranha”, “ter olheiras” ou “estarem cansados”. Essa é uma forma de birra e, se os filhos perceberem que dá certo, pode gerar conseqüências futuras.

4. Solicite assistência da escola

Em geral, as escolas são muito compreensivas a respeito da fobia escolar, uma vez que são comunicadas a respeito do problema. Se a criança tiver alguns temores especiais, como ler em voz alta na sala, o professor geralmente fará concessões especiais. Se não, peça assistência à escola.

5. Fale com seu filho a respeito de seu medo da escola

Em algum outro momento que não a hora de ir para a escola, fale com seu filho sobre seus problemas, incentive-o a dizer exatamente o que o incomoda. Pergunte a ele o que de pior poderia acontecer na escola ou no caminho até lá. Se há uma situação que possa ser alterada, diga a ele que você fará todo o possível para mudá-la. Após escutá-lo atentamente, diga a ele que você compreende seus sentimentos, que irá ajudá-lo, mas que continua sendo necessário ir às aulas."

in: http://www.gazetadelimeira.com.br/Noticia.asp?ID=90

Socooooorro! As babás estão em extinção

Por Kátia Mello, da Época Online

"De um dia para outro, eu fiquei sem babá. A pessoa que cuidava do meu bebê de 7 meses e do meu outro filho, de 3 anos, quebrou o pé e anunciou que partiria para sua cidade natal, na Bahia, onde a mãe poderia tomar conta dela. Depois de sua partida, o caos instalou-se em minha casa. Eu e meu marido somos profissionais liberais e não tenho sogra ou mãe na mesma cidade. Então com quem deixaria meus pequenos?

Comecei a minha saga atrás de uma babá e em três semanas descobri o que as estatísticas acabam de revelar em uma pesquisa inédita da Organização Internacional do Trabalho: há uma grande demanda de babás e uma pequena oferta de boas profissionais nesse mercado. O Brasil é um dos poucos países em que ainda há serviço doméstico. São 6,6 milhões de brasileiros que ocupam essa categoria, sendo que, desse total, 93,2% são mulheres e 6,8% são homens. As babás são 10%, ou seja, são mais de 6oo mil mulheres, mas está cada vez mais difícil encontrar uma boa profissional, com referência e experiência. Como a demanda é grande, o que existe é um aumento no número de mulheres que querem ser babás por conta do salário. São empregadas domésticas, auxiliares de enfermagem, cozinheiras e até arrumadeiras temporárias que, desempregadas, buscam a chance de ganhar melhor que uma empregada doméstica. O piso salarial de uma babá é o mesmo de uma empregada doméstica, o salário mínimo nacional, de R$ 465,00, mas elas podem ganhar cerca de R$ 1.200, dependendo do tipo de trabalho que exercem. As que não têm experiência e formação acabam zanzando de agência em agência, sem obter emprego.

Na Inglaterra são raras as mães trabalhadoras de classe média que podem pagar as 10 libras (cerca de R$ 32) a hora, exigidas por uma au pair. Talvez as nossas tradições da casa-grande & senzala tenham feito com que nos tornássemos dependentes dessas mulheres dispostas a cuidar de nossos filhos. O pediatra José Martins Filho, ex-reitor da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, vai além. Ele diz que as mães brasileiras delegam tanto os cuidados de seus filhos que eles estão sendo terceirizados. Autor de A Criança Terceirizada - Os descaminhos das relações familiares no mundo contemporâneo (ed. Papirus), Martins diz que a mãe deveria cuidar de seu filho até que ele completasse 2 anos. Além de ter defendido a licença-maternidade de seis meses (aprovada no ano passado), ele diz que a mãe, para poder amamentar, deveria trabalhar apenas meio período ao voltar da licença. Mas como fazer isso no mundo moderno?

Se, por um lado, as babás tornaram-se auxiliares fundamentais para quem trabalha fora, por outro existe a percepção de que elas realmente estão substituindo as mães e fazendo parte dessa terceirização a que o pediatra se refere. É só prestarmos atenção em como aumentou o número de mulheres de branco nos domingos cuidando de crianças na Praia de Ipanema. Ou ainda reparar nessas profissionais dando de comer aos bebês nos almoços dominicais em shoppings paulistanos. Onde estão as mães que delegam tudo às babás, até nos fins de semana? Martins prega a conscientização daqueles pais que reclamam que é um “saco, trabalhoso e chato” cuidar dos pequenos. Ele diz que, antes de ser pai ou mãe, é necessário saber que criança dá mesmo muito trabalho.

Senti essa exaustão na pele e até adoeci (tomei antibiótico, corticoide e muitas inalações para a minha bronquite). Voltei a ter uma ajudante. Mas ficar sem ela durante um certo período também me trouxe muitas alegrias. Passar a dar banho nos meus filhos diariamente se tornou uma das atividades mais prazerosas do meu dia a dia. E você, acredita que as mães estejam terceirizando a maternidade?"

in: http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2009/05/11/socooooorro-as-babas-estao-em-extincao/

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Amamentação Prolongada

Sobre os benefícios da amamentação prolongada,
Kelly Bonyata, escreveu uma ótima síntese aqui (em inglês).

Seguem alguns trechos em português ligeiramente adaptados. No site original, você pode encontrar todas as fontes citadas.

Amamentar crianças maiores têm benefício nutricional
Pesquisas mostram que o leite materno durante o segundo ano de vida da criança continua sendo uma importante fonte de nutrientes, especialmente de proteína, gorduras e vitaminas.

No segundo ano de vida, 500ml de leite materno proporciona à criança: 95% do total de vitamina C necessário
45% do total de vitamina A necessária, 38% do total de proteína necessária, 31% de caloria do total necessária.

Alguns médicos podem pensar que a amamentação vai interferir em relação ao apetite da criança para outros alimentos. Contudo não existem pesquisas indicando que a criança amamentada têm maior tendência a recusar outros alimentos que a criança que já desmamou. Na verdade, a maioria dos pesquisadores em países subdesenvolvidos, onde o apetite de uma criança desnutrida pode ser de importância vital, recomendam que a amamentação continue para crianças com desnutrição severa.

Crianças maiores que ainda amamentam adoecem menos
Os fatores de imunidade do leite materno aumentam em concentração, à medida que o bebê cresce e mama menos. Portanto, crianças maiores continuam recebendo os benefícios da imunidade.

Claro que em boas condições de saúde, o desmame não é uma questão de vida ou morte, mas a amamentação por mais tempo pode significar menos idas ao pediatra. Crianças entre 16 e 30 meses, que ainda são amamentadas, adoecem menos e por menos tempo que as que não são.

Crianças amamentadas têm menos alergias
Está bem documentado que quanto mais tarde se introduz leite de vaca e outros alimentos alergênicos, menos provavelmente essas crianças vão apresentar reações alérgicas.

Crianças amamentadas são mais espertas
Crianças que foram amamentadas têm melhor performance na escola e maiores notas . Os autores desse estudo, que acompanhou crianças até os 18 anos descobriram que quanto mais tempo as crianças são amamentadas, maiores as notas que recebem nas avaliações.

Crianças amamentadas são mais ajustadas socialmente
Um estudo com bebês amamentados por mais de um ano mostrou uma ligação significante entre a duração do período de amamentação o ajustamento social em crianças de 6 a 8 anos de idade. Nas palavras dos pesquisadores: “Existem tendências estatísticamente significantes para que a desordem na conduta diminua com o aumento da duração da amamentação”. Mamar durante a infância ajuda bebês e crianças a fazer uma transição gradual. Amamentação é um amoroso jeito de atender as necessidades dasa crianças e bebês. Ajuda a superar as frustrações, quedas e machucados e o stress diario da infância.

Atender as necessidades de dependência da criança, de acordo com o tempo único de cada criança é a chave para ajudar a criança a alcançar sua independência. Crianças que conquistam sua independência em seu próprio ritmo são mais seguras dessa independência que as crianças forçadas a isso prematuramente.

Amamentar crianças maiores é normal
A “American Academy of Pediatrics” recomenda que as crianças sejam amamentadas por ao menos todo o primeiro ano de vida, e por mais tempo se a mãe e o bebê quiserem. A Organização Mundial de Saúde reforça a importância de amamentar até os dois anos de vida ou mais. A média de idade de desmame, em todo o mundo é de 4,2 anos.

Mães que amamentam por mais tempo também são beneficiadas
· A amamentação prolongada pode diminuir a fertilidade e suprimir a ovulação em algumas mulheres
· A amamentação reduz o risco de câncer de ovário
· A amamentação reduz o risco de câncer de útero
· A amamentação reduz o risco de câncer de câncer de endométrio
· A amamentação protege contra osteoporose. Durante a amamentação a mulher experimenta uma diminuição na densidade óssea. A densidade óssea de uma mãe que está amamentando pode ser reduzida, em geral em 1 a 2%. No entanto, a mãe tem essa densidade de volta e pode até ter um aumento, qaundo o bebê é desmamado. Isso não depende de um suplemento adicional na alimentação da mãe.
· A amamentação reduz o risco de alguns tipos de câncer de mama.
· A amamentação tem demonstrado diminuir a necessidade de insulina da mãe diabética.
. Mães que amamentam têm tendência a perder o peso extra adquirido na gravidez mais facilmente.

in:http://www.amigasdopeito.org.br/?p=830

quarta-feira, 3 de junho de 2009

D E C L A R A Ç Ã O D E B E N S

"O pai moderno, muitas vezes perplexo, aflito, angustiado, passa a vida inteira correndo atrás do futuro e se esquecendo do agora. Na luta para edificar este futuro, ele renuncia ao presente. Por isso, é um homem ocupado, sem tempo para os filhos, envolvido em mil atividades - tudo com o objetivo de garantir o seu amanhã.

E com que prazer e orgulho, cada ano, ele preenche sua declaração de bens para o Imposto de Renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito esforço, muito trabalho. Lote, casa, apartamento, sítio - tudo isso custou dias, semanas, meses de luta. Mas ele está sedimentando o futuro de sua família. Se ele parte um dia, por qualquer motivo, já cumpriu sua missão e não vai deixar ninguém desamparado.

E para ir escrevendo cada vez mais linhas na sua relação de bens, ele não se contenta com um emprego só - é preciso ter dois ou três; vender parte das férias, em vez de descansar junto à família; levar serviço para fazer em casa, em vez de ficar com os filhos; e é um tal de viajar, almoçar fora, discutir negócios, marcar reuniões, preencher a agenda - afinal, ele é um executivo dinâmico, faz parte do mundo competitivo, não pode fraquejar.

No entanto, esse homem se esquece de que a verdadeira declaração de bens, o valor mais alto, aquele que efetivamente conta, está em outra página do formulário do Imposto de Renda - mais precisamente, naquelas modestas linhas, quase escondidas, onde se lê “relação dos dependentes”. Aqueles que dependem dele, os filhos que ele colocou no mundo, e a quem deve dedicar o melhor de seu tempo.

Os filhos são novos demais, não estão interessados em lotes, casas, salas para alugar, aumento de renda bruta - nada disso. Eles só querem um pai com quem possam conviver, dialogar, brincar.

Os anos vão passando, os meninos vão crescendo, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma ao trabalho - vulgo construção do futuro - que não viveu com eles, não participou de suas pequenas alegrias, não os levou ou buscou no colégio, nunca foi a uma festa infantil, não teve tempo para assistir a coroação da menina - pois um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens. São coisas de desocupados.

Há filhos órfãos de pais vivos, porque estão “entregues” - o pai para um lado, a mãe para o outro, e a família desintegrada, sem amor, sem diálogo, sem convivência. E é esta convivência que solidifica a fraternidade entre os irmãos, abre seu coração, elimina problemas, resolve as coisas na base do entendimento.

Há irmãos crescendo como verdadeiros estranhos, porque correm de um lado para o outro o dia inteiro - ginástica, natação, judô, balé, aula de música, curso de Inglês, terapia, lição de piano, etc. - e só se encontram de passagem em casa, um chegando, o outro saindo. Não vivem juntos, não saem juntos, não conversam - e, para ver os pais, quase é preciso marcar hora.

Depois de uma dramática experiência pessoal e familiar vivida, a única mensagem que tenho para dar - e que tem sido repetida exaustivamente em paróquias, encontros familiares, movimentos e entidades - é esta : não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos.

Dos 18 anos de casado, passei 15 anos correndo e trabalhando, absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações, totalmente entregue a um objetivo único e prioritário : construir o futuro para três filhos e minha mulher. Isso me custou longos afastamentos de casa, viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugadas no estúdio da televisão, uma vida sempre agitada, atarefada, tormentosa, e apaixonante na dedicação à profissão escolhida - e que foi, na verdade, mais importante do que minha família.

E agora, aqui estou eu, de mãos cheias e de coração aberto, diante de todos vocês, que me conhecem muito bem. Aqui está o resultado de tanto esforço: construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda do Luiz Otávio.

De que valem casa, carros, sala, lote, e tudo o mais que foi possível juntar nesses anos todos de esforço, se ele não está mais aqui para aproveitar isso com a gente?

Se o resultado de 30 anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio, e desses bens todos não restasse nada mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, não ia provocar o menor abalo em nossa vida, porque a escala de valores mudou, e o dinheiro passou a ter um peso mínimo e relativo em tudo.

Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura e a saúde de um filho amado, para que serve ele? Para ser escravo dele?

Eu trocaria - explodindo de felicidade - todas as linhas da declaração de bens por uma única linha que eu tive de retirar, do outro lado da folha : o nome do meu filho na relação dos dependentes. E como me doeu retirar essa linha na declaração de 1983, ano base de 82."
(Helio Fraga, jornalista em Belo Horizonte, MG)

Esta crônica consta do livro do próprio autor “A Família, Último Lugar?” (3ª edição) publicado pelas Edições Paulinas. O jornalista Helio Fraga, que foi cronista esportivo, também publicou outros livros relacionados com o assunto narrado na crônica. Entre eles “O Menino Valente” e “Ser Pai”, cujas rendas são recolhidas ao Hospital Mário Penna na capital mineira.

Após fraude com a crônica “ Declaração de Bens ”, as novas edições do “A Família, Último lugar ?” vem saindo com a observação abaixo :

A L E R T A – Esta crônica foi criminosamente falsificada por um psicopata desconhecido. Ao texto original, ele acrescentou que Luiz Otávio morreu drogado e teve uma irmã Priscila, que fugiu de casa. Esta monstruosidade vem sendo divulgada por portais da internet, sujeitos a interdição e ações judiciais por danos morais.

Meu filho morreu aos 12 anos, em novembro de 1982, vítima de tumor cerebral (meduloblastoma). Teve dois irmãos: Marcelo, nascido em 1972, e Ana Cristina, em 1977. Eles estudam, trabalham e moram em Belo Horizonte. A outra irmã jamais existiu.

A falsa “Declaração de Bens” tem sido publicada irresponsavelmente, estando todos os envolvidos sujeitos a processo.
(Hélio Fraga - Jornalista em Belo Horizonte/MG)


in:http://www.velhosamigos.com.br

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ainda sobre a licença-maternidade

"No Canada os pais tem direito a um ano de licença maternidade. As primeiras 15 semanas sao a licença maternindade propriamente dita, ou seja só pode ser tirada pela mulher e as 35 semanas seguintes sao de “parental leave”, ou seja, pode ser tirada pela mae, pelo pai ou pelos dois juntos desde que a quantidade de tempo tirada nao seja maior do que 35 semanas. As 35 semanas de parental benefit podem ser usadas tambem por pais adotivos.

Isso nao influi tanto nas oportunidades de emprego da mulher pois quem paga a licença é o governo e nao o empregador. É como o seguro-desemprego. A vantagem de ser um programa do governo no estilo seguro-desemprego é que até pessoas autônomas tem direito a licença maternidade

O empregador pode contratar uma pessoa por tempo determinado para fazer o trabalho que a mae de licença fazia. A mulher pode passar um segundo ano de licença, mas sem vencimentos e a volta ao trabalho muitas vezes é suavizada através de uma volta gradual, ou seja, ela pode voltar trabalhando a tempo parcial (2 ou 3 dias por semana, ou algumas horas por dia) e com o tempo ir aumentando até voltar ao tempo integral. Conheci muitas mulheres que fizeram isso e muitos pais tirando licença para ficar com as crianças enquanto as mulheres voltavam ao trabalho.

Até estudantes universitários tem direito a pedir licença maternidade e terem sua trajetória na faculdade congelada, para poder voltar depois."

Postado por Alexandra em http://sindromedeestocolmo.com

Empresa de Joinville, Santa Catarina, mantém berçário gratuito

É sempre relevante e de grande interesse social a discussão sobre a polivalência da mulher, especialmente daquelas que têm filhos pequenos e precisam trabalhar fora. A mãe, muitas vezes, fica dividida entre cuidar bem do bebê, amamentando, e continuar a trabalhar. Em Joinville, as funcionárias da Whirlpool - Unidade de Eletrodomésticos não sofrem esse problema. Elas contam com a estrutura de um berçário gratuito dentro da sede da empresa, que tem 1.582 mulheres no quadro de funcionários. O berçário registra uma média de 35 crianças atendidas. As mães devem levar apenas fraldas, roupas e remédios (caso necessário) para seus filhos. Todos os demais custos, inclusive os de alimentação, correm por conta da Whirlpool.O berçário, primeiro do gênero em Joinville, existe desde 1994. No início, atendia crianças de até 9 meses de idade. Na época, eram 819 funcionárias na empresa e uma média de oito crianças atendidas. Desde 2004, as crianças podem ficar na creche até completar 1 ano. Até os 6 meses, a mãe pode amamentar três vezes ao dia. Dos 6 aos 7 meses, duas vezes ao dia, e até 1 ano, uma vez ao dia. Em Joinville, além da Unidade de Eletrodomésticos, apenas a Whirlpool Unidade de Compressores (Embraco) conta com berçário dentro da fábrica. O projeto rendeu, em 2002, à antiga Multibrás, o prêmio “Empresa Amiga da Amamentação”. Foi a primeira empresa de Santa Catarina a receber o prêmio.Deise Paulischen trabalha na Whirlpool há dois anos e deu à luz Yasmin há cinco meses. “Uma coisa é certa: se não houvesse o berçário, eu não estaria trabalhando”, acredita. Ela conta que se sente mais tranqüila, pois sabe que será avisada sobre qualquer problema e estará próxima para prestar alguma assistência. “Tenho uma filha mais velha e não pude estar com ela quando tinha a idade da Yasmin por causa do serviço. Percebo nitidamente que a saúde da Yasmin é muito melhor, devido ao fato de eu amamentá-la três vezes ao dia aqui na empresa”, considera.
Texto: Jouber Castro, em http://www.mercadodecomunicacao.com.br

Babê no trabalho - Parte 2 - Benefícios para as empresas

O Programa "Bebês no local de trabalho", desenvolvido pela organização internacional de mesmo nome permite que os pais levem seus bebês para o local de trabalho e cuidem deles enquanto trabalham. Geralmente até os bebês completarem 6 ou 8 meses ou estarem engatinhando. Esse programa teve muito sucesso onde foi bem estruturado.
Os benefícios para as empresas são os seguintes:
1. O funcionário retorna ao trabalho mais cedo;
2. Aumentam a lealdade e a retenção dos empregados na empresa (menor "turn over");
3. Melhora a moral e a atmosfera do ambiente de trabalho;
4. Aumenta sobremaneira a produtividade;
5. Diminui as despesas com a saúde dos funcionários;
6. O programa atrai candidatos a trabalhar na empresa;
7. Melhora o trabalho em equipe e a cooperação;
8. Atrai novos clientes;
9. Aumenta a fidelidade dos clientes;
10. Baixo custo de implementação.

Fonte: Babies at Workplace Institute

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Bebê no trabalho. Essa é nova! Mas pode dar certo...

Ouviu-se muito falar do Projeto de Lei que aumentou a licença-maternidade, para dar mais tempo para a mamãe ficar com o seu bebê. Mas, e quando a licença acabar e ela tiver que voltar ao trabalho? Quem vai cuidar do bebê enquanto a mamãe estiver longe? Uma babá? Uma creche? No Brasil, algumas empresas oferecem creche no local de trabalho. Pois indo um pouco mais além, algumas empresas americanas, procurando uma saída para o problema, encontraram uma solução no mínimo original: levar o bebê para o trabalho!

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Quem está incentivando as empresas a deixar as mamães levarem seus filhos para o trabalho e orientando essas empresas na implantação da novidade é uma organização chamada "Babies in the workplace" (Bebês no Local de Trabalho, em português).

Eles acreditam que a presença do bebezinho, além de acalmar a mãe, incentiva também os colegas de trabalho. “Eu acho que dá uma harmonia maior ainda para o trabalho”, defende Lu Mounnic, chefe de escritório.

Porém, muita gente acha que isso não dá certo. “Eu sou a favor de que o bebê pequeno esteja em lugar calmo. Muita luz, telefone, gente falando, rindo, muitos vírus, bactérias no ar, é muito complicado para o bebê”, diz Betina Serson, psicopedagoga. Ok, mas e se o lugar for calmo, arejado e agradável?

Deixe sua opinião!

BRASILEIRAS APROVEITAM A LICENÇA?

Na pesquisa quantitativa feita para o livro Vida de Equilibrista, dores e delícias da mãe que trabalha, a adesão à licença-maternidade, se não unânime, é bastante alta.

75% das mães tiveram um período de licença ou algum tipo de parada após o nascimento.

Tiraram licença-maternidade:

82% das assalariadas
70% das autônomas
58% das empresárias

A parada foi de, em média, 4 meses – o que corresponde ao período oficial de licença maternidade.

A advogada, escritora e feminista Rosiska Darcy de Oliveira considera absurdo alguém abrir mão ou encurtar sua licença em razão do trabalho. “A licença-maternidade foi uma das maiores conquistas das mulheres e abdicar dela é uma violência contra si mesma. Afinal, se alguém decide ter filhos, há de ser para criá-los.” Publicado em Vida Equilibrada

Vários países concedem licença-maternidade mais longa do que o Brasil

Segundo dados da Convenção da Proteção da Maternidade, adotada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em junho de 2000, vários paises já concedem licença-maternidade superior a quatro meses (16 semanas), podendo, em alguns casos, chegar a até um ano. Na Noruega, na Dinamarca, na Venezuela e em Cuba,a licença é de 18 semanas. Já no Canadá, na França e na Polônia, esse período é variável. Na Itália, a licença é de cinco meses e, em três outros países que adotam períodos superiores aos do Brasil, esse benefício é contado em dias: Rússia (140 dias), Ucrânia (126 dias) e Suécia (480 dias).

A Suécia é um caso à parte, pois, a partir de 1974, tornou-se o primeiro país do mundo a transformar a licença-maternidade em um benefício remunerado para ambos os pais, com o objetivo de estimular os homens a assumirem um papel mais ativo na criação dos filhos e propiciar ainda uma divisão mais igualitária das tarefas domésticas. Segundo a legislação sueca, até o terceiro mês a licença é para o pai e para a mãe e, a partir dessa data, o casaltem que optar sobre qual dos dois continuará de licença, mesmo que a mãe ainda esteja amamentando. Esse período pode ser ainda alternado, para que tanto pai quanto mãe possam se revezar na licença-maternidade.

Já entre os países europeus que concedem licença-maternidade por período inferior ao Brasil estão Alemanha (14 semanas), Bélgica (15 semanas), Israel (12 semanas) República de Malta (13 semanas), Portugal (98 dias), Romênia (112 dias) e Suíça (8 semanas). Na Inglaterra (14 a 18 semanas) e na Polônia (16 a 18 semanas), o período é variável.

Nos países que compõem as Américas, a concessão da licença-maternidade também é bastante variável. Entre os que ultrapassam as 16 semanas (120 dias) concedidas no Brasil estão: Canadá (17 a 18 semanas), Chile, Cuba e Venezuela, todos com 18 semanas. Nos demais países do continente americano, esse período pode variar de oito semanas - caso da Bolívia - a 14 semanas - situação do Panamá. Mas a maioria segue o sistema adotado nos Estados Unidos, que concede 12 semanas. Entre eles, estão Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.

Os países do continente africano estão entre os que menos respeitam o direito das mães de ficar mais tempo com seus filhos. Em Angola e na Etiópia, a licença-maternidade é de 90 dias, mas em Guiné Bissau, Quênia, São Tomé e Príncipe, Sudão e Moçambique, esse período é de apenas 60 dias. Mais crítica ainda é a situação do Egito (50 dias) e da Tunísia ( 30 dias).

Com relação à remuneração durante o período de licença-maternidade, a maioria dos países, assim como o Brasil, não reduz o salário durante a concessão do benefício, mas isso não é regra.

Valéria Castanho / Agência Senado

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Trabalho x Maternidade

O que tenho lido por aí...

"Atualmente, a mulher está totalmente inserida no mercado de trabalho e o papel de profissional também passou a estar integrado à sua identidade feminina. Com tantas tarefas, ela passou a adiar o sonho de ser mãe, priorizando sua formação e estabilidade profissional e financeira, a fim de proporcionar maior conforto para os filhos e a vida familiar.

Porém, a questão da maternidade não deve ser pensada como um empecilho para o sucesso da carreira profissional. "Quem acha que uma boa mãe é aquela que acompanha o filho a todo momento, e acredita que ser uma boa profissional significa estar sempre à disposição, precisa saber que as os tempos mudaram. O ideal de vida feminina deve ser estabelecido de acordo com as condições dadas pela realidade", aconselha a psicóloga Luciana Leis, especializada no tratamento de casais com problemas de fertilidade." (Mãe só depois dos 35)

Pois bem. E o que o mercado oferece a esta mulher, profissional bem sucedida para que possa ser uma mãe igualmente bem sucedida?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Voltando ao trabalho

Não me parece muito justo que, exatamente no momento em que vai se tornando mais divertido ser mãe, tenhamos que nos tornar "mães de meio-turno"!
Quando os nossos bebês começam a interagir, sorrir pra tudo e todos, descobrir a graça das coisas aparentemente mais sem-graça, descobrir o mundo, partilhar suas descobertas...
Quero ser mãe em tempo integral! Mas também quero continuar sendo profissional!
Mas não quero ser daquelas que não conhece seu filho, que perdeu os melhores momentos e os piores também! Que não ensinou ou presenciou as primeiras palavras, os primeiros passos, o primeiro dentinho...
Como conciliar coisas aparentemente tão distintas?
Começa aqui a minha história, minha busca, a minha resposta.
A partir de agora.